Autobiografia em cinco capítulos
1. Ando pela rua.
Há um buraco fundo na calçada.
Eu caio...
Estou perdido... sem esperança.
Não é culpa minha.
Leva uma eternidade para encontrar a saída.
2. Ando pela mesma rua.
Há um buraco fundo na calçada.
Mas finjo não vê-lo.
Caio nele de novo.
Não posso acreditar que estou no mesmo lugar.
Mas não é culpa minha.
Ainda assim leva um tempão para sair.
3. Ando pela mesma rua.
Há um buraco fundo na calçada.
Vejo que ele ali está.
Ainda assim caio... é um hábito.
Meus olhos se abrem.
Sei onde estou.
É minha culpa.
Saio imediatamente.
4. Ando pela mesma rua.
Há um buraco fundo na calçada.
Dou a volta.
5. Ando por outra rua.
(Extraído do livro "O Livro Tibetiano do Viver e do Morrer")
quinta-feira, 18 de março de 2010
Silenciando...
"Uns nasceram para cantar, outros para dançar, outros nasceram simplesmente para serem outros. Eu nasci para estar calado. Minha única vocação é o silêncio. Foi meu pai que me explicou: tenho inclinação para não falar, um talento para apurar silêncios. Escrevo bem, silêncios, no plural. Sim, porque não há um único silêncio. E todo silêncio é música em estado de gravidez." (Mia Couto)
segunda-feira, 15 de março de 2010
Refletindo
Quando desrespeito os outros desrespeito Buddha. Quando desrespeito a mim mesmo desrespeito Buddha. Quando desrespeito os outros desrespeito a mim mesmo.
(João Joken)
Precisa de mais?
Confira: http://tentandonaofugir.blogspot.com
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